Paróquia São Gabriel Arcanjo do Jardim Paulista

Formação › 06/10/2020

Reflexões sobre a Santa Missa – 8º Encontro

Prezados paroquianos e amigos de São Gabriel

Saúde e Paz

Pai-nosso

Não poderia haver uma preparação mais privilegiada à comunhão que a oração do Pai-nosso. Dizia o Papa Gregório Magno que introduziu esta oração após a oração eucarística: “Se é desejável rezar mais uma oração sobre as oferendas consagradas, então recomenda-se evidentemente, antes de qualquer oração composta por pessoas, em primeiro lugar a oração do Senhor”. Isto porque, de verdade, ela é uma oração de comunhão.

O Pai-nosso nos educa a sermos uma família única, com um único Pai. Jesus ensinou só esta oração, por isso é chamada “a oração do Senhor”. São 7 pedidos  distribuídos em torno do “Pai-nosso” e do “pão nosso”.

Provavelmente foi o papa Gregório Magno que ampliou a última petição do Pai-nosso, num momento em que Roma estava sofrendo com as invasões bárbaras. Desde o séc. XI, a sua recitação se fazia em voz baixa. Foi o papa São Paulo VI, em 1964, que decretou que o que se acrescenta no final do Pai-nosso voltasse a ser rezado em voz alta.

O último pedido que fazemos no Pai-nosso é: “Livrai-nos de todos os males”. No rito, o que segue ao Pai-nosso é o desenvolvimento deste pedido: Livrai-nos de todos os males, ó Pai…Por isso, ao final do Pai-nosso, não rezamos o Amém. É como se a oração, agora feita apenas pelo presidente, continuasse.

Sua conclusão é dita por todos: “Pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre”.

 

Saudação da Paz

Gesto muito antigo entre os cristãos. Em Romanos 16,16, por exemplo, lê-se: “Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo”. Depois de rezar “Senhor Jesus Cristo, dissestes…”, o sacerdote convida a comunidade a se saudar fraternalmente com o abraço da paz.  Partilhamos a fraternidade em paz.

Esse é o segundo rito preparatório para à comunhão. Por meio desse rito, os fiéis imploram a paz e a unidade para a Igreja e toda a família humana, e exprimem mutuamente a caridade, antes de participar do mesmo pão (eucaristia). É uma excelente oportunidade de fazer as pazes com alguém. É bom lembrar que o abraço da paz não pode ser um momento dispersivo. Não é hora de folia, de cantos estrondosos. Esse gesto não pode quebrar a continuidade da preparação da comunhão.

Fração do Pão

Terminado o abraço da paz, o presidente da celebração parte o pão, repetindo o que Jesus fez: “tomou o pão, deu graças e o partiu… Os primeiros cristãos chamavam a Eucaristia de Fração do Pão (Atos dos Apóstolos 2,42). Esse gesto nos compromete com a partilha. Partilhar o que somos e temos com quem nada possui é de certa forma um ato eucarístico.

Cordeiro de Deus

Em latim, “Agnus Dei”. É o canto que acompanha o rito da fração do pão. Foi introduzido na liturgia do séc. VII, pelo papa Sergio I (650-701) de origem siríaca.

Jesus Cristo é o cordeiro imolado, a vítima oferecida pelo perdão dos pecados.

Felizes os convidados

A frase: “Felizes os convidados deriva do livro do Ap 19,9: “Escreve: felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro. “Já a resposta, “Senhor, eu não sou digno…”, por sua vez, provém de Mt 8,8: “Respondeu o centurião (soldado): “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado”.

Antecedem essas palavras ao rito da comunhão. Para tanto é preciso ter humildade para receber a santa comunhão, não por nossos méritos, mas por predileção do Senhor.

 

Por hoje é só. Na próxima terminaremos com a comunhão e os ritos finais.

Até lá.

                        Côn. Sergio Conrado

 

 

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