Reflexões sobre a Santa Missa – 6º Encontro
Prezados paroquianos e amigos de São Gabriel
Saúde e Paz!
Liturgia Eucarística
Com as preces, tem-se o encerramento da primeira parte da missa, a Liturgia da Palavra.
Essa tem como seu centro o ambão da Palavra. A partir da apresentação dos dons (pão e vinho), tem início a segunda parte do rito eucarístico: a liturgia Eucarística, toda ela realizada em torno do altar.
Os evangelhos que narram a última ceia (cf. Mt 26, 20-30; Mc 14, 17-26; Lc 22, 14-39) mostram que Jesus tomou o pão e o cálice com vinho e deu aos seus discípulos. Em outras palavras:
- Tomar o pão e o cálice com vinho = preparação dos dons;
- Dar graças = Oração eucarística ou anáfora;
- Partir o pão = Fração do pão eucarístico e Cordeiro de Deus;
- Dar aos discípulos = Rito de Comunhão
A liturgia eucarística acompanha, portanto, as ações de Jesus na última ceia, e a maioria das orações eucarísticas, desde os primeiros tempos do cristianismo.
No início, até o séc. IX, as oferendas – pão e vinho – eram trazidos pelos fiéis. Uma pequena parte era separada para o altar e o restante distribuído entre os pobres. Já existia uma oração sobre as oferendas. Não era pão ázimo. Foi introduzido no séc. XI. E a partir daí, passou-se a confeccionar um pão maior para o celebrante (hóstia) e pães menores para os fiéis (partículas).
A partir do final do séc. XI, o pão e o vinho passam a ser oferecidos pelos clérigos, e aos demais fiéis foi incentivada a contribuição econômica (a doação de dinheiro que perdura até hoje; o dízimo veio mais tarde). Essa contribuição é antiquíssima (cf. 1 Cor 16).
A água misturada ao vinho é um costume muito antigo que ganhou um sentido simbólico: a água misturada ao vinho representa uma incorporação à natureza divina de Cristo, representada pelo vinho; O canto que acompanha o rito das oferendas, dele já se tem notícia no séc. V.
Em geral, chamamos esse momento de ofertório (canto de ofertório), mas trata-se simplesmente de “apresentação das oferendas”.
Lavar as mãos – Após a apresentação das oferendas, o celebrante principal lava as mãos. Esse costume vem desde o tempo em que os fiéis traziam as ofertas da terra: frutos, legumes e outros. Após receber isso tudo, o sacerdote lavava as mãos. Perdura até hoje, mas com um sentido de purificação, pois o sacerdote pede que Deus perdoe os seus pecados.
Orai irmão e irmãs
Após a apresentação dos dons, o sacerdote pede aos fiéis participantes, que rezem: “Orai irmãos e irmãs… A resposta dos fiéis indica que o povo reconhece-se presente e participante no sacrifício: “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para a Glória do seu nome, para nosso bem e de toda a Santa Igreja”.
Oração sobre as oferendas
É a segunda oração presidencial da missa (a primeira é a coleta no final dos Ritos de Entrada).
Em nome da assembleia que celebra, o presidente pede a Deus que aceite as ofertas do povo. A comunidade consente com o “Amém”.
Essa oração até o séc. VIII foi chamada de “secreta” porque era feita em voz baixa. Com essa oração, conclui-se o rito da apresentação das oferendas.
Queridos amigos, por hoje é só
Grande bênção e até a próxima!
Côn. Sergio Conrado