Paróquia São Gabriel Arcanjo do Jardim Paulista

Formação › 28/08/2020

Reflexões sobre a Santa Missa – 3º Encontro

Queridos paroquianos e amigos de São Gabriel

Hoje vamos iniciar nossa reflexão, sobre os ritos iniciais da Santa Missa (Eucaristia).

Através dos ritos iniciais, os fiéis batizados em Cristo, todos eles celebrantes, percebem-se unidos a Cristo, congregados por Deus Pai para formarem uma única assembleia celebrante, a primeira realidade litúrgica da celebração na qual, desde o primeiro momento, Cristo faz-se presente. A primeira e mais importante notícia que o Novo Testamento e os escritos dos primeiros séculos afirmam, quando falam da Eucaristia, da Santa Missa, é a reunião da comunidade: fazer com que os fiéis reunidos em assembleia tomem consciência de constituírem uma comunidade que está para celebrar, na presença do Senhor, a Santa Missa.

1. Canto de Entrada

O canto de entrada, além de acolher o presidente da celebração e os ministros, quer criar um clima de festa, de alegria, de família, de fraternidade, de comunhão com Deus e as pessoas. Canta-se de pé. Nas festas, costuma-se fazer a procissão de entrada, com a cruz, o evangeliário (bíblia), incenso, etc. O canto de entrada como os demais cantos deve estar sintonizado com o tema do dia.

2. A saudação do altar – o beijo do altar

Notícias do séc. IV testemunham que o beijo do altar já fazia parte da liturgia da Igreja. O altar é o móvel mais importante da Igreja, é o símbolo de Cristo: ele é ao mesmo tempo o altar, a vítima e o sacerdote. Nas missas de festa e solenidades, usa-se o incenso.

3. Sinal da Cruz

As palavras “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” provêm de Mateus 28, 19. A partir de Santo Agostinho (354, 430) e de São Jerônimo (347-420) sabe-se que os cristãos sempre fizeram o sinal da cruz sobre a fronte, os lábios e sobre o peito. Mas o sinal da cruz como fazemos hoje foi introduzido na liturgia somente no séc. XVI com o Missal de S. Pio V.

 

4. Saudação

O presidente da celebração saúda a assembleia. A saudação normalmente é tirada das cartas do Novo Testamento. A assembleia louva a Deus por tê-la reunido no amor de Cristo.

5. Ato Penitencial

O documento chamado Didaqué, escrito do século I, atesta que o ato penitencial, enquanto verdadeira e própria liturgia do perdão, no início da celebração eucarística, pertence ao rito da missa desde as suas origens. A posição é em pé, com uma leve inclinação da cabeça e quando é o “Confesso a Deus todo poderoso”, nas palavras “minha culpa”, cedo já se menciona o gesto de bater no peito.

Não se trata de um ato relacionado ao equivalente ao sacramento da confissão, mas de começar a celebração com atitudes básicas cristãs: o pedido de perdão e purificação. Predispõe o fiel a procurar o sacramento da confissão. Principalmente no tempo Pascal, em lugar do ato, pode-se fazer a bênção e a aspersão da água benta, em recordação ao santo batismo.

6. Glória a Deus nas alturas (Gloria in Excelsis)

Hino muito antigo da Igreja, um canto de agradecimento e de festa, cantado na missa a partir do séc II. Trata-se de uma oração cantada.

7. Oração coleta

É um dos elementos mais antigos dos ritos iniciais. Trata-se da primeira oração que o presidente da celebração faz ao Senhor, com os braços abertos. Depois de dizer “oremos”, o celebrante faz uma pausa para que cada pessoa coloque diante de Deus as próprias motivações e intenções. O “Amém” da assembleia significa que ela está de acordo.
Aqui terminam os Ritos Iniciais. E se inicia a Liturgia da Palavra que veremos no próximo encontro.

Grande bênção a todos e até lá…

Côn. Sergio Conrado

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