Setembro – mês da Bíblia
A Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Bíblia
“Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s): O Espirito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a Boa-Nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. E, enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. (Lc 4,16-20)”
A igreja no Brasil dedica todo o Mês de Setembro a Bíblia. Sem dúvida é uma iniciativa muito salutar. A motivação provém do fato da Igreja celebrar dia 30 de setembro a festa São Jerônimo, que preparou uma excelente tradução da Bíblia em latim, a partir do hebraico e do grego; a chamada Vulgata, que, em latim, significa “popular”. Foi um trabalho gigantesco que demandou cerca de 35 anos nas grutas de Belém, onde ele realizava esse oficio, vivendo uma austera vida de oração e penitência.
Conhecer a Palavra de Deus é fundamental para todo cristão. Jesus conhecia profundamente a Bíblia e a citava. Isso é suficiente para que todos nós façamos o mesmo. Na tentação do deserto ele venceu o demônio lançando em seu rosto, por três vezes, a santa Palavra.
Ao celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. É necessário ler e estudar regularmente a Palavra de Deus, e saber usá-la nos momentos de dor, dúvida, angústia, medo, etc. Abra a Palavra, deixe Deus falar a seu coração. E fale com Deus; é a maneira mais fácil de rezar. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-Lo no mundo presente, tão necessitado de Sua presença.
A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação à nossa salvação. Jesus é o centro e o coração da Sagrada Escritura. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o povo de Deus.
Ao lê-la, não devemos nos esquecer de que Cristo é o ápice da revelação de Deus, interpretada erroneamente pode levar a perdição; é o que diz São Pedro quando fala sobre as Cartas de São Paulo: “É o que ele faz em todas as suas cartas… Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (2Pd 3,16s). Sendo Cristo a Palavra viva de Deus, todas as palavras da Sagrada Escritura têm seu sentido definitivo n’Ele, porque é no mistério de Sua Morte e Ressurreição que o plano de Deus Pai para a nossa salvação se cumpre plenamente.