Paróquia São Gabriel Arcanjo do Jardim Paulista

Palavra do Pároco › 11/06/2021

SANTOS JUNINOS

A igreja celebra no mês de junho a festa de três grandes Santos: Santo Antônio (dia 13), São João Batista (dia 24) e São Pedro (29). Estas festas vieram para o Brasil, através dos colonizadores portugueses e ficaram conhecidas popularmente como Festas Juninas.

Antes de assumirem sua forma cristã, tais festas eram pagãs de origem no Hemisfério Norte quando se comemorava em junho o início das colheitas. Com a expansão do cristianismo, elas foram ganhando novo significado e nova roupagem, tornando-se celebração da festa de São João, chamada de festa joanina (de João) e, depois, junina (de junho). Tempos depois, Santo Antônio e São Pedro passaram a ser celebrados também.

UM POUCO DA HISTÓRIA DOS SANTOS DE JUNHO

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

Santo Antônio nasceu em Lisboa, em 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231; daí o seu nome de Antônio de Pádua ou de Lisboa. Ingressou na Ordem dos Cônegos Regulares e fez os seus estudos filosóficos  e teológicos em Coimbra, onde foi ordenado sacerdote.

Em 1221 entrou para a Ordem dos Franciscanos. A ele são atribuídos muitos milagres ainda em vida, incluindo bi locações (estar em dois lugares ao mesmo tempo) e muitas curas. Excelente pregador e por onde passava insistia para que as pessoas tivessem um grande amor pelas leituras feitas durante a missa e atenção à homilia. Viajava muito a pé. Antônio pediu para ser missionário no Marrocos,  África. Mas, depois de um tempo uma enfermidade o obrigou a voltar para Portugal. Na viagem o seu navio foi atingido por uma tremenda tempestade que o levou em direção à Itália. Desembarcou na ilha de Sicília e daí foi para Assis conhecer São Francisco, o santo  fundador dos franciscanos. São Francisco reconheceu em Santo Antônio uma profunda ciência teológica e o encarregou de lecionar esta disciplina aos frades em Bologna.

No entanto, o grande trabalho desenvolvido por Santo Antônio foi a pregação da Palavra de Deus e que se tornou o seu principal campo de ação.

Foi eleito diversas vezes para altos cargos na Ordem, mas nunca deixou a pregação. Outra atividade característica de Santo Antônio era socorrer os pobres e os mais necessitados com pão: caridade. Daí o costume de no dia de Santo Antônio trazer pão na igreja para ser bento e depois repartido com os pobres. Esse hábito continua até hoje. Morreu a 13 de junho de 1231 com apenas 36 anos. O sepulcro de Santo Antônio de Pádua, cidade onde morreu, com sua magnífica basílica românica se tornou logo em um centro de peregrinações até os nossos dias.

De fato, Santo Antônio foi alvo de devoção  surpreendente . A religiosidade popular brasileira e italiana é rica em alusões aos poderes do Santo: questões de casamento, encontrar coisas perdidas e tanto mais. No entanto, sua marca indelével é sua caridade para com os pobres e o amor sem limites pela palavra de Deus e sua pregação a ponto de se conservar até hoje o famoso “Pão de Santo Antônio” que é um gesto que perpetua a caridade que tanto Santo Antônio pregou e viveu.

Peçamos, pois a Santo Antônio que unamos o amor à Palavra de Deus ao socorro dos mais necessitados.

SANTO ANTÔNIO,  ROGAI  POR NÓS!

CÔN. SÉRGIO  CONRADO

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