Paróquia São Gabriel Arcanjo do Jardim Paulista

Palavra do Pároco › 25/02/2022

QUARTA-FEIRA DE CINZAS: O JEJUM QUE SALVA

Quarta-feira de cinzas já está às portas. O Tempo da Quaresma se estende da Quarta-feira de Cinzas até a missa na ceia do Senhor, quinta-feira santa exclusive, pois com essa missa vespertina tem início o tríduo pascal.

Este dia e a sexta-feira santa são os únicos em que é pedido a todos os adultos que jejuem (isto é, que renunciem a uma das refeições importantes do dia) em sinal de disponibilidade e solidariedade. Exatamente hoje, o Papa Francisco pede que se faça da Quarta-feira de Cinzas o dia universal de jejum para que cesse o conflito no Leste Europeu. Não só católicos e cristãos são convocados, mas todas as pessoas independentemente do seu credo, pois a paz é uma busca de todos os povos.

Jejum é sinal de disponibilidade à escuta de Deus, demonstrando dar mais valor à sua palavra que ao bem-estar imediato, sinal de conversão do coração; isto é que significa o jejum dos cristãos, como o do Mestre no início de sua missão. Um jejum mais sensível neste dia, mas que se prolongará por todo o tempo da Quaresma, com outras iniciativas pessoais de desapego, renúncia às comodidades e satisfações mesmo legítimas, para maior liberdade interior. Assim o jejum ritual, feito com interioridade e não por mero formalismo, se torna sinal da fé e caminho de salvação para todo o nosso ser.

Por outro lado, sofrendo um pouco de privação, saibamos unir-nos de algum modo aos homens e mulheres para os quais é habitual a privação de alimento, de meios econômicos, de bens culturais e de possibilidades concretas de desenvolvimento; o jejum se torna um gesto simbólico, denúncia profética da injustiça que nasce do egoísmo, solidariedade com os mais pobres.
Assim, a preparação para a Páscoa se torna “Campanha da Fraternidade”, e a ceia do Senhor, um gesto de pobreza, contrição, esperança, anúncio. Quem participa seriamente da paixão do Senhor, ainda hoje viva nos pobres da terra, sabe que a volta ao Pai (tanto a sua como a da paróquia ou comunidade) já começou, e que na mortificação da carne pode florescer o Espírito da ressurreição e da vida.

Portanto, queridos irmãos e irmãs, façamos da Quarta-feira de Cinzas com um jejum profundo e não apenas ritual, o início de uma verdadeira conversão dos nossos pecados e o pedido incessante de paz para o mundo, como nos orienta o nosso Papa Francisco.

Feliz e Santa Quaresma a todos
Côn. Sergio Conrado – Pároco

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