Palavra do Pároco › 17/02/2021
QUARESMA: TEMPO DE JEJUM, DE ARREPENDIMENTO E DE CONVERSÃO
Uma vez mais Deus nos concede a graça de vivenciarmos o tempo quaresmal que vai da quarta-feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor (quinta-feira Santa), exclusive.
Iniciamos o Ciclo da Páscoa pela caminhada quaresmal e alguns pontos devem ser bem lembrados:
- Jejum: prática antiquíssima que já os primeiros cristãos praticavam, isto é, abster-se de alguns alimentos, sobretudo daquilo que não convém ao seguidor(a) de Cristo: crítica, difamação, desperdício, julgamentos, distinção de pessoas… Portanto , não se trata apenas de abster-se de alguns alimentos, mas de todo o mal. A Liturgia nos orienta a fazermos o jejum na quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Muitos fazem, por devoção, em todas as sextas-feiras da Quaresma.
- Arrependimento: tempo de bater no peito e arrepender-se dos nossos pecados. Como nos ensina o Profeta Joel : “Voltai-vos para Deus com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos”… “Deus é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia” (Joel, 2,12-18). Ocasião para um bom exame de consciência , profundo arrependimento e o sacramento da Confissão com bons propósitos.
- Conversão: não se dá em um único momento, mas trata-se de um processo que leva a vida inteira. O importante é iniciar a nossa mudança interior e caminhar sempre com um espírito novo, pois a nossa condição humana nos atrai para o comodismo, tibieza na oração, insensibilidade para com o próximo. Conversão é abrir-se para Deus, sem subterfúgios, mostrar-se como somos e se deixar levar pelo espírito novo do Ressuscitado nesse tempo quaresmal e continuar depois.
- Para que a nossa preocupação espiritual não se limite somente a nós mesmos, a Igreja do Brasil coloca nesse tempo a Campanha da Fraternidade cujo tema é: Fraternidade Diálogo: Compromisso de amor. E o lema: Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade (Ef 2, 14a). Conversão pessoal, mas voltada para Deus e para os irmãos. Esta quarentena em preparação para a Páscoa da Ressurreição implica algumas práticas externas como: dedicarmos mais tempo à oração, à leitura e prática da Palavra de Deus, mais atenção às necessidades dos outros, sermos solidários.
Aproveitemos bem esse tempo de jejum, de arrependimento e de conversão.
Côn. Sérgio Conrado – Pároco