Livro dos Salmos
PREZADOS PAROQUIANOS E AMIGOS DA SÃO GABRIEL
SAÚDE E PAZ!
Em verdade eu vos digo: o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e vos será concedido, diz o Senhor (Mc 11,23-34).
Isto se dá através da oração, pois o clamor do homem e da mulher encontra sempre a porta de Deus aberta. À medida que lemos a Bíblia, deparamo-nos continuamente com orações de vários tipos. Mas, também encontramos um livro composto apenas de preces, um livro que se tornou o livro de cabeceira do Povo de Deus. Trata-se do Livro dos Salmos. São 150 salmos para recitar.
Faz parte dos livros sapienciais, porque comunica o saber rezar através da experiência do dia a dia e do diálogo com Deus. Nos salmos encontramos todos os sentimentos humanos: alegrias, tristezas, dúvidas, esperanças e amarguras que caracterizam nossa vida. O catecismo da Igreja Católica afirma que cada salmo é de tal maravilha que pode, em verdade, ser rezado pelos homens e mulheres de qualquer condição e de todos os tempos (CIC,n.2588).
Aprendemos a rezar a linguagem da oração, lendo e relendo os salmos. Com o seu Espírito, Deus Pai inspirou-os no coração do rei David e de outros orantes, para ensinar cada homem e cada mulher a louvá-lo, a dar-lhe graças, a suplicá-lo, a invocá-lo na alegria e na tristeza, a narrar as maravilhas das suas obras e da sua Lei. Em resumo, os salmos são a palavra de Deus que nós humanos usamos para falar com Ele.
Nos salmos não encontramos pessoas abstratas, alienadas, pois eles não são textos compostos de forma teórica, são invocações dramáticas, que nascem da experiência da vida. Para recitá-los bem, basta ser o que somos, sem maquiagem. Não é preciso maquiar a alma e dizer a Deus quem somos. Ele já sabe. Ir diante do Senhor como somos, com as coisas boas e más que ninguém conhece, mas nós conhecemos.
Uma pergunta que perpassa todo o livro dos salmos e que repetimos muitas vezes é: Até quando, Senhor? Até quando? Cada dor pede libertação, cada lágrima invoca consolação, cada ferida aguarda a cura, cada calúnia, uma sentença de absolvição. Até quando Senhor tenho que sofrer isto? Ouve-me, Senhor!
Quantas vezes rezamos assim com este até quando? Senhor, chega!
Os salmos ensinam-nos a não nos habituarmos à dor. Apesar da nossa existência ser um sopro, a nossa história ser fugaz, cada um que reza sabe que é precioso aos olhos de Deus. É a graça do Espírito Santo que de dentro suscita em nós esta consciência: de sermos preciosos aos olhos de Deus.
E por isso somos induzidos a rezar. Nos salmos, quem reza encontra uma resposta. Sabemos que mesmo se todas as portas humanas estiverem trancadas, a porta de Deus está aberta.
Portanto, queridos leitores, façamos do Livro dos Salmos o nosso principal livro de orações.