ELE ESTÁ CHEGANDO
Queridos paroquianos e amigos de São Gabriel,
Este novo tempo litúrgico que estamos vivenciando, celebra a vinda de Jesus Cristo no tempo e na história dos homens e das mulheres, para trazer-lhes a salvação. É, portanto, o tempo da expectativa, e o cristão é chamado a vivê-lo em plenitude para poder receber dignamente o Senhor no momento em que vier.
É preciso nos preparar interiormente para que essa vinda se realize. Algumas atitudes interiores são importantes:
– Manter-se vigilantes, na fé, na oração, em uma abertura atenta e disponível para reconhecer os “ sinais” da vinda do Senhor em todas as circunstâncias e momentos da vida e até os fins dos tempos.
– Andar no caminho traçado por Deus, sem se extraviar por caminhos tortuosos: “converter-se” para seguir a Jesus para o Reino do Pai.
– Dar testemunho da alegria que Jesus Salvador nos traz, com a caridade afável e paciente para com os outros, com a abertura para todas as iniciativas de bem, através das quais já se constrói o Reino futuro na alegria sem fim.
-Manter um coração pobre e vazio de si, imitando José, Nossa Senhora, João Batista, os outros pobres do evangelho, que precisamente por isso, souberam reconhecer em Jesus o Filho de Deus que veio salvar os homens e mulheres.
– Uma maneira maravilhosa nesse tempo de Advento para preparar-se par o Natal é participar da celebração da eucaristia, depois de uma fervorosa confissão. Isso significa acolher e reconhecer o Senhor, que continuamente vem ficar no meio de nós e segui-lo no caminho que nos leva ao Pai.
O ritmo da vida atual, cada vez mais agitado, as engrenagens de um sistema que pretende planejar todos os momentos do homem, mesmo o que há de mais privado, reduzem cada vez mais os limites do imprevisto. Tudo deve passar pelo computador, classificado, neutralizado, assegurado. De repente veio a pandemia e tudo se tornou frágil e hoje se busca desesperadamente a saúde, o salário, a solidariedade, a igualdade entre as pessoas. O Senhor não vem no meio do ruído, não se encontra na agitação e na confusão. Veio na paz e para a paz. Uma palavra tão usada que se tornou banal: chama-se paz uma espécie de equilíbrio provocado pelo medo; todos falam de paz numa sociedade impregnada de violência, de construção de todo tipo de arma, governo mandando comprar fuzil, opressão do homem para o homem. Hoje desaparece mesmo a paz mais simples, a da família. Só Cristo pode reunir os homens dispersos pelo egoísmo e fazer de todos um único povo pacífico a caminho da salvação.
Rezemos juntos: “Ó Deus todo poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Amém.
Côn. Sérgio Conrado
Pároco