04 de Agosto – Dia do Padre
São João Maria Vianney é o santo comemorado nesse dia. São João Maria, de origem pobre e humilde, nasceu perto de Lyon na França, pouco antes de irromper a Revolução Francesa, em 1786.
Desde criança, João queria ser padre, mas teve muita dificuldade: por ser pobre e não ser muito inteligente. Foi rejeitado em diversos Seminários e Congregações Religiosas. Já com vinte anos, quando parecia um caso perdido, seu antigo vigário que lhe conhecia muito bem suas virtudes de piedade, pureza e sacrifício, aceitou prepará-lo em particular e conseguiu convencer o bispo de Lyon a que o ordenasse sacerdote, comprometendo-se a orientá-lo no campo da doutrina e da pastoral por mais três anos.
Deram-lhe não um paróquia, mas uma capelinha no pequeno povoado chamado Ars, onde permaneceu até a morte. Ars era um pequeno povoado de mais ou menos 300 habitantes.
Ao chegar, Pe. João Maria percebeu que era um lugar sem religião, a igreja sempre deserta, o povo não frequentava os sacramentos, o domingo não era respeitado. O que tinha muito ali eram bailes e cabarés. “Que vou fazer aqui?” disse o santo Cura a constatar triste situação religiosa: “Neste meio, tenho medo até de me perder”.
Mas, ele era um santo! Não desanimou e com muita oração, penitência, morando na própria Igreja e cuidando dela, se entregou a uma vida intensa de oração e penitencia pela conversão de seus paroquianos.
Ele mesmo preparava seus alimentos, limpava a casa paroquial e a igreja. Ficava quase o dia inteiro de joelhos diante do santíssimo sacramento. Quando o povo começou admirar-se dessa sua vida austera e santa, João Maria iniciou as visitas às famílias falando-lhes de Deus, das coisas sagradas, dos deveres cristãos. Trabalhou para moralizar a pequena aldeia, combatendo os vícios, as bebedeiras, os bailes, o trabalho aos domingos, as blasfêmias, etc.
Suas armas principais eram a catequese e a pregação, muito simples, mas sustentada por muita oração e rigorosa penitencia.
O curioso é que aquele humilde pastor da aldeia, pobre, penitente, de inteligência pouco brilhante, atraiu aos poucos milhares e milhares de pessoas de fora. Seu confessionário começou a ser assediado dia e noite que o pobre padre João não tinha tempo nem para descansar e se alimentar. Foi esta a ocupação principal dos seus anos de sacerdócio: atender condições. Foi necessário que o poder público providenciasse a construção de uma estrada de ferro para levar o peregrinos Ars. O que iam buscar em Ars tantos peregrinos da França e da Europa? Certo Romeiro responde: “Vi Deus num homem”.
A Igreja proclamou São João Maria Vianey, o Cura d’Ars, como patrono dos padres para que todos sejam como ele homens de Deus. Entenderam agora porque Santo Cura D’Ars é tão celebrado pelos padres?
Santo Cura d’Ars rogai por todos os sacerdotes e abençoai-os.
Côn. Sergio Conrado