Dia de São João Maria Vianney
SANTO CURA D’ARS
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
PADROEIRO DOS PADRES, ESPECIALMENTE DOS PÁROCOS.
De origem pobre e humilde, João Maria Vianney nasceu perto de Lião, na França, pouco antes de irromper a Revolução Francesa, em 1786.
No batismo, recebeu o nome de João, ao qual acrescentou o de Maria por especial devoção à Virgem; no entanto, é universalmente conhecido como o Santo Cura d’Ars, pequena aldeia , onde exerceu seu ministério pastoral, por mais de 40 anos. Quando jovem, teve complicações com o serviço militar durante o império napoleônico, pelo que teve de viver escondido, exposto a graves perigos, cerca de dois anos. Desde pequeno, queria ser padre a todo custo, mas esbarrou em dois obstáculos: pobreza, e sobretudo a escassa inteligência. Com vinte anos, entrou no seminário, mas foi demitido por falta de inteligência. O estudo do latim parecia superar sua capacidade. Insiste para entrar na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mas não é admitido pelas mesmas razões. Finalmente, quando parecia um caso perdido, seu antigo vigário que lhe conhecia muito bem e as altas virtudes da piedade, pureza e sacrifício, aceitou prepará-lo em particular e conseguiu convencer o bispo a que o ordenasse sacerdote, comprometendo-se a orientá-lo no campo da doutrina e da pastoral por mais três anos.
Com trinta e dois anos, o arcebispo de Lião confiou-lhe a capelania de um lugarejo chamado Ars, onde permaneceu até à morte.
Ars era um pequeno povoado de mais ou menos 300 habitantes. Por esta sua pequenez não era paróquia, mas simples capelania. Ao chegar João Maria Vianney, Ars era um lugar sem religião: a igreja sempre deserta; o povo não frequentava os sacramentos; o domingo era profanado; únicas promoções eram os bailes e os cabarés. “Que vou fazer aqui?”, disse o santo cura ao constatar a triste situação religiosa. “Neste meio, tenho medo até de me perder”.
Mas ele era um santo! Não desanimou. Fixou sua residência na matriz e se entregou a uma vida de intensa oração e penitência pela conversão dos seus paroquianos. Desde a manhã até à noite avançada, com pequenas interrupções, ficava de joelhos diante do altar do Santíssimo Sacramento. Não tinha empregada; ele próprio preparava as frugalíssimas refeições, assim como atendia ao serviço de limpeza da casa e da igreja.
Quando o povo começou a admirar-se desta sua vida austera e santa, João Maria iniciou as visitas às famílias, falando-lhes de Deus, das coisas sagradas, dos deveres cristãos. Em seguida, trabalhou para moralizar a pequena aldeia, combatendo os vícios, as bebedeiras, os bailes, os trabalhos aos domingos, as blasfêmias, etc. Sua arma principal era a pregação e a catequese, muito simples, mas sustentada por muita oração e rigorosa penitência.
O curioso é que aquele humilde pastor de aldeia, pobre, penitente, de inteligência pouco brilhante, atraiu aos poucos milhares e milhares de pessoas de fora. Seu confessionário começou a ser assediado dia e noite, de modo que o padre não tinha tempo de se alimentar nem de descansar. Foi essa a ocupação principal dos seus últimos anos de vida. O que iam buscar em Ars tantos peregrinos da França e da Europa? Certo romeiro respondeu: “Vi Deus num homem!”. Os poderes públicos tiveram que providenciar a construção de uma estrada de ferro para levar os peregrinos à humilde aldeia de Ars.
São João Maria Vianney faleceu consumido pelo rigor da penitência, na idade de 73 anos. A Igreja o proclamou patrono dos padres e párocos.
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY, ROGAI POR NÓS!
Con Sergio Conrado