Cristo Rei
No próximo domingo celebraremos a solenidade litúrgica de Cristo Rei. Jesus Cristo, ressuscitado e vencedor da morte, é rei de todo o universo, rei de toda a humanidade.
Quando pensamos na palavra “rei”, costumamos imaginar aquilo que a história e também a fantasia nos mostram: palácios, tronos, vestes suntuosas, coroas de ouro, uma corte luxuosa, exércitos, etc.
Mas não foi assim que Jesus, Nosso Senhor, se apresentou como rei. Quando veio ao mundo, enviado pelo Pai, e assumiu nossa carne, não quis habitar entre os poderosos nem possuir riquezas ou dominar o mundo. Pelo contrário, “humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,8). E, ao ser interrogado por Pilatos, responde: “Eu sou rei, mas o meu reino não é deste mundo”.
Jesus veio trazer ao mundo o Reino de Deus, “reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz” (Prefácio da Solenidade de Cristo Rei). É isto o que pedimos quando, na oração do Pai Nosso, dizemos: “Venha a nós o vosso reino”. Mas, ao pedirmos isto, sabemos que também nós somos participantes e corresponsáveis por este Reino. Pelo batismo, nos unimos a Cristo, formando um só corpo com Ele. Assim, somos chamados a colaborar com Deus no seu desígnio de salvação, que se realiza ao longo de nossa vida e da história humana.
Fazer parte do Reino de Deus significa acolher na fé o dom de amor que Deus nos faz, santificando nossa vida e nossas ações, oferecendo ao Senhor os frutos de nossa doação cotidiana, de nosso serviço fraterno e até mesmo de nossos sacrifícios e provações, para que o Reino de Cristo cresça e se espalhe em toda a terra e Deus finalmente “seja tudo em todos” (1Cor 15,28).